Marcha global para Gaza, dê um passo à frente e você já não estará no mesmo lugar

por | jul 9, 2025 | Uncategorized | 8 Comentários

São Paulo, 07 de julho de 2025

Em um mundo onde as imagens do conflito em Gaza chegam em 4K e ao vivo, muitos se veem tomados por uma indignação que corrói por dentro. Mas o que acontece quando essa indignação transcende a dor compartilhada em família e se transforma em um chamado à ação?

Nosso companheiro de luta, integrante do Núcleo Palestina PT/SP, João Aguiar, um “cidadão comum”, paraibano, morador de São Paulo, ouviu esse chamado e decidiu dar um passo que mudaria sua vida: juntar-se à Marcha Global por Gaza.

Em um relato que mistura a luta pessoal e coletiva, o comprometimento inabalável, a dura realidade da sobrevivência em um cenário hostil e o amor ao próximo que impulsiona a justiça, o companheiro nos convida a entender que a inércia não é uma opção. Prepare-se para uma história que o levará do conforto do lar à linha de frente da solidariedade internacional, provando que, às vezes, um simples passo pode mover montanhas.

Sabe aquele chamado que as vezes acontece na nossa vida? Aquela voz, sussurrando baixinho no seu ouvido? Pois foi com esse chamado que resolvi me juntar a marcha global para gaza. Tudo muito rápido, uma força que me tocou o peito e fez eu sair do conforto e privilégio de vida e partisse rumo ao Cairo.

Eu sou apenas um cidadão comum, indignado como muitos que vejo a minha volta. Assistir em 4K e ao vivo o genocídio em curso em solo palestino já passava do incômodo, era algo indignante e que me corroía por dentro. Isso já era um assunto comum na minha família, era uma dor que partilhávamos.

Minha irmã com uma filha pequena, minha companheira que passa dias e noites em uma UTI pediátrica do SUS na zona leste de São Paulo, minha mãe, uma médica aposentada com uma vida dedicada ao nosso querido sistema único de saúde essa situação em Gaza já nos fazia chorar por muitas vezes.

Como os organismos internacionais, como os outros países não param com essa loucura toda de uma vez?

Na minha cabeça nada fazia sentido, toda essa tristeza estava nos acompanhando, me sentia inerte diante desse caos que assistíamos dia após dia. Nosso lado humano estava se perdendo, via as pessoas se acostumarem com as notícias.

Foi quando minha irmã, que mora na Espanha, me encaminhou um link com informações da Marcha. O mote da marcha me pegou fortemente, “Quando as leis internacionais não funcionam e as autoridades governamentais não agem, a sociedade civil precisa se levantar e marchar”. Era isso! Eles conseguiram resumir meu sentimento! Aqui no Brasil não se tinha muita notícia desse movimento que estava iniciando, mesmo assim, quando soube, me deu um frio na barriga, uma empolgação e uma dúvida: -Estaria eu preparado para dar um passo adiante?

Sim, eu estava, mas só estar preparado não bastava, era preciso botar no papel quanto essa movimentação iria me custar. Quando resolvemos falar sobre isso no nosso grupo familiar, ver como poderíamos juntos viabilizar esse passo, minha irmã não titubeou e foi firme, ela decretou: – “Você vai! Vamos dar um jeito! Se você não quiser ir, faremos uma doação para que outra pessoa possa ir e encorpar essa caminhada!” E foi assim que, em cinco dias para o início da marcha, comecei toda a preparação.

Estar ao lado de mulheres fortes sempre foi um diferencial na minha vida. Saindo dessa decisão, corri para fazer minha inscrição e comprei passagens. Em sequência já recebi um e-mail da delegação portuguesa, como não havia uma delegação brasileira, acabaram por colocar os poucos brasileiros nessa delegação.

Recebi um vasto material para preparação, era importante saber o que nos aguardava. Nesse material tinha de tudo, dicas do que levar, algumas palavras em árabe, telefone de advogados(as) no Egito e em Portugal, como se portar, costumes locais e até dicas de preparação física, afinal a jornada não seria simples.

Estava tudo caminhando, mesmo sem conhecer ninguém que ia para marcha eu tinha a confiança de que estaria ao lado de pessoas especiais. Um dia antes de minha partida fizemos uma reunião via Zoom (Programa utilizado para reuniões on line), com os membros da delegação, cerca de 50 pessoas. Recebemos as ultimas instruções e informações de segurança.

O clima estava tenso no Egito, o pessoal do comitê internacional estava receoso, nossa segurança parecia estar em risco. Mesmo a organização tendo tido o “ok” das autoridades egípcias, parecia que tudo havia mudado. Nesse momento já havia muitos ativistas da marcha em Cairo, as notícias eram péssimas, muitos já haviam sido deportados, outros tantos presos.

A policia local estava entrando nos hotéis e averiguando passaportes e interrogando as pessoas, qualquer sinal de que participariam da marcha era motivo para detenção.

Nossa data de encontro estava marcada para dia 13 em um local ainda não divulgado, nossa preocupação com segurança estava sendo elevada pelos eminentes riscos e minha data de chegada ao Cairo seria no dia 12, pela noite.

Ao chegar encontrei um aeroporto lotado, dava para perceber que ali tínhamos muitos companheiros da marcha e temos aquela máxima, maluco conhece maluco. O protocolo era claro, ninguém fala com ninguém, finge naturalidade e passa, a minha passagem foi razoavelmente tranquila, fui interrogado por um agente à paisana próximo a saída das bagagens. Estava com discurso pronto e passei sem mais problemas, primeira etapa cumprida! Saí do aeroporto e fui para o hotel, o encontro seria no dia seguinte pela tarde e a promessa era que até as 9 horas teríamos o ponto de encontro.

Assim foi feito, antes do horário recebemos o ponto de encontro, era para seguirmos para Ismaília, cerca de 150 quilômetros do Cairo. Precisávamos estar lá entre 12:30 e 16:30, de lá iríamos para um outro ponto onde marcharíamos pelo deserto por três dias até a fronteira com Rafah. Era para nos juntarmos em duplas ou trios e pegar um transporte até lá, marquei com uma companheira de delegação que estava em um hotel próximo ao meu nos encontramos às 12:00 horas e pedimos um Uber.

Fiquei imaginando a dificuldade, afinal, seria uma avalanche de chamadas para o mesmo local praticamente no mesmo horário. Dito e feito! Pela minha conta eu não conseguia ser atendido, esperei mais de 30 minutos e nada, resolvi apelar e pedir para a recepcionista do hotel chamar um Uber para mim, para zero surpresa o Uber que ela chamou chegou em 3 minutos.

O nosso motorista não falava uma palavra de inglês, nossa comunicação era por meio do google tradutor. Estávamos indo para uma zona militarizada, até ao nosso ponto de encontro precisaríamos passar por dois check points.

Nosso motorista não conseguia esconder o nervosismo, nos questionava o que iríamos fazer em tal local, eu despistava, citando um museu que havia lá e um lago termal. No meio do caminho íamos recebendo notícias que muita gente estava sendo bloqueada já no primeiro check point e o motorista começou a receber ligações, sua apreensão aumentava. Nesse momento ele já nos questionava mais, falando que não passaríamos pelos bloqueios, que ele estaria se colocando em risco.

Apelei mais um pouco e ele seguiu caminho apesar do evidente receio. Ao chegarmos no primeiro check point, o caos já era evidente, muitos ônibus e carros parados, já tinha uma multidão nas ruas, a polícia já estava reprimindo, já víamos muitas bandeiras de vários países e da palestina.

Nosso motorista estava disposto a nos ajudar, mesmo ele correndo risco. No primeiro check point tinha dois caminhos de passagem, um para estrangeiros e outro para egípcios, ele seguiu o segundo. Era algo parecido com um pedágio, e na nossa passagem ele elevou a voz e discutiu com a pessoa que estava nesse guichê, gesticulou muito e conseguimos passar.

Assim que passamos ele insistiu, não conseguiríamos passar pelo segundo, que lá o bloqueio seria ainda mais pesado e ao chegarmos no segundo check point, a previsão do nosso motorista se mostrou real, tudo bloqueado um trânsito infernal e caótico. Buzinas o tempo todo, carros entrando na frente de outros carros, motorista gritando com motorista, motos passando pelo meio dos carros e muita, muita gente na rua andando para todos os lados.

O motorista seguia desesperado, e repetia que não teríamos como passar, mas no meio dessa loucura, minha companheira avistou a líder da nossa delegação. A cara dela refletia a tensão do momento, estávamos chegando ao guichê de passagem, será que passaríamos? Foi nesse momento que recebemos uma mensagem, pedindo para ninguém tentar passar, teríamos nossos passaportes apreendidos se assim tentássemos.

Peguei o telefone e com o Google Tradutor já avisei para nosso motorista que desceríamos ali mesmo, agradeci a ele por todo empenho.

No meio do trânsito descemos com nossas mochilas, estávamos muito perto do bloqueio policial, abaixados, seguimos sentido contrário do bloqueio e buscamos encontrar os outros companheiros da nossa delegação.

Conseguimos nos agrupar, nesse momento a preocupação maior era com as muitas pessoas que tiveram seus passaportes apreendidos, não tínhamos noticias do que aconteceria na sequência.

Era gente zanzando para todo lado, pessoas sem saber como agir, como recuperar seus documentos, me foi dada a missão de ir até o escritório das autoridades, tentar olhar o tamanho do problema. Deixei meu passaporte com a líder e fui filmar para termos uma noção de quantas pessoas estavam sem passaporte.

Chegando lá avistei o senhor Nikosi Kwelivelile, neto do Nelson Mandela e ele estava negociando a devolução dos passaportes e isso me trouxe uma faísca de esperança, um nome de peso como esse estava do nosso lado. Ele com toda calma negociava de forma tranquila, porém firme.

O trabalho dele surtiu efeito, foi aí que vi varias autoridades passando com bolos de passaportes. Eles caminharam para a pista de sentido contrário, entregando os passaportes e condicionando uma volta para Cairo.

Eles tiravam fotos dos passaportes e entregavam após checarem, no estilo cara crachá, alguns seguiram essa orientação, muitos outros não.

Bom, nosso primeiro problema já havia sido resolvido, agora vinha o mais complicado, passar pelo bloqueio para seguir a marcha. Nosso representante, na negociação, seguia sendo o neto do Mandela, ele tentava a todo custo persuadir para liberarem o bloqueio.

Neste momento eu começo a receber muitas mensagens do Brasil, que me passavam a notícia de que Israel havia bombardeado o Irã e o problema que já era grande passou a ser enorme.

A notícia se alastrou e a preocupação cresceu na mesma medida, estávamos a todo momento esperando a resposta do Irã, a guerra era eminente.

Eu já não acreditava mais que conseguiríamos passar, em pouco tempo a quantidade de policiais aumentou brutalmente. Chegaram vários ônibus da tropa de choque egípcia, o cerco estava fechando. Neste momento a orientação era manter os celulares ativos, as imagens seriam nossa única ferramenta de segurança. Eu levantei meu telefone e passei a buscar as melhores imagens, foi quando avistei o senhor Mandela dando uma entrevista para alguns representantes da imprensa alternativa. Me aproximei e comecei a gravar parte da entrevista também.

Eu estava com um lenço amarrado no pescoço, o lenço com um desenho do Lula escrito Lula livre em vários idiomas, esse lenço já tinha me acompanhado no acampamento Lula livre em Curitiba, após a entrevista o senhor Mandela me olhou nos olhos, apontou para o lenço e falou em alto e bom som: – Lula!!!

É fora do Brasil que percebemos ainda mais o tamanho do Lula, um gigante, um estadista de verdade, assim que ele gritou o nome do nosso presidente, me aproximei e falei que eu era do Brasil e recebi um forte abraço daquele imponente homem que beirava os 2 metros de altura, uma energia impressionante, ele chegou no meu ouvido e pediu para eu mandar um agradecimento especial para o presidente Lula.

Falou da importância dele ter sido um dos primeiros líderes a denunciar o genocídio em Gaza e ressaltou a grandeza de Luiz Inácio. Ele também lembrou do companheiro Thiago Ávila e pediu para eu avisar, em tom de brincadeira, que era para o Lula ter cuidado com o Thiago e que ele estava se tornando mais conhecido que ele.

Pegou o seu telefone e começou a me mostrar muitas fotos, neste momento eu monopolizava as atenções dessa lenda, no meio do caos ele encontrou tempo para me mostrar fotos de pescaria e de lugares que ele tinha velejado. Foi um sopro de tranquilidade, mas eu precisava voltar meu foco, nosso objetivo era passar do bloqueio, não havia tempo para tietagem.

Nesse momento estávamos completamente cercados, precisávamos saber que posição tomar.

Era gente do mundo inteiro naquele caldeirão, era preciso uma assembleia, cada delegação se juntou para decidir o que fazer para depois termos uma assembleia entre as delegações. Nossa delegação que de início era de quase 50 tinha se reduzido a uns 15 aproximados.

O que fazer? Seguiríamos lá ou voltaríamos para Cairo? “Não vamos recuar!” era um pensamento unânime dos que ali tinham sobrado da nossa delegação.

Partimos para a assembleia das lideranças, segui junto com nossa líder para essa assembleia, senhor Mandela fez parte dessa assembleia, eram muitas línguas, foi bonito ver tantos povos unidos ali se entendendo e decidindo juntos, serão essas imagens que ficarão para sempre em minha memória, o povo diverso se entendendo com um único objetivo. A solidariedade ao povo palestino.

Tivemos algumas divergências, algumas delegações tinham medo da repressão, temiam pela nossa segurança, porém a maioria bateu o pé e resolvemos permanecer lá. Era importante a união, essa seria nossa maior segurança, éramos muitos.

As autoridades egípcias seguiam com um megafone mandando todos voltarem, avisavam que seríamos todos detidos. Nesse momento, já estava escurecendo, começaram a chegar ônibus aos montes, nossa detenção seria questão de tempo.

O desespero foi aumentando, eu vi de perto o enfermeiro Irlandês chorar e pedir aos policiais do choque para nos deixar passar, foi realmente emocionante.

A orientação era para que sentássemos todos jutos, o protocolo de segurança era mantermos os telefones gravando e nos agarrar uns aos outros. Neste momento eu já não tinha mais conhecimento de brasileiros no meio da multidão, estávamos sentados e agarrados uns aos outros esperando sermos detidos e carregados para fora dali.

Nessa hora temi pela minha segurança, na verdade esse temor chegou no seu ponto mais alto, eu tinha um print do cartão de visitas da embaixada do Brasil no Egito, eu já estava me preparando para o pior. Tinha alguns contatos de jornalistas no Brasil, comecei a passar para eles esse print e o número do meu passaporte com nome completo, passei na sequência para vários grupos que eu participava. Todos já sabiam onde eu estava metido naquele momento, a orientação era que se ao meio dia do horário brasileiro eu não desse notícias era para mandarem e-mails avisando que havia um brasileiro detido.

Seguíamos sentados, cantando e gritando palavras de protesto: -FREE PALESTINE! FREE, FREE!! Sabíamos que era questão de tempo. A violência aumentou, as primeiras pessoas começaram a ser arrastadas e colocadas nos ônibus, as luzes começaram a ser apagadas e a violência aumentava ainda mais.

As autoridades egípcias perceberam que os ônibus não seriam suficientes e foi aí que a violência subiu ainda mais de patamar. Uma espécie de milícia foi ativada, vans começaram a estacionar, essa milícia não tinha compromisso com o diálogo, apenas com o ataque a todos ativistas.

Garrafas começaram a voar em nossa direção, muitos de nós foram agredidos covardemente, o auge da violência foi quando vi um ativista ser chicoteado sem piedade. Não havia mais como resistir, fomos desmobilizados, a sensação de frustração era evidente, tentamos resistir ao máximo. Nossa delegação foi uma das últimas a sair do local, pelo menos o que restou dela.

Fomos jogados em uma van e carregados em sentido ao Cairo, não sabíamos o destino.

Nas proximidades de Cairo, perto do aeroporto, a van parou e nos deixou no meio da estrada, ainda tentaram nos extorquir naquele momento. Só que nesse momento eles já não contavam com aparato policial, deixamos eles falando sozinhos e caminhamos todos na mesma direção.

Era preciso nos localizar e sentamos no primeiro comércio que avistamos. Não tínhamos para onde ir, chegamos a cogitar acampar na frente a embaixada portuguesa, mas essa ideia foi logo descartada.

Fiz dali mesmo uma reserva em um hotel, os outros do grupo fizeram a mesma coisa e fiquei em um hotel no centro da cidade, cheguei por volta das 4 horas da manhã, estava exausto fisicamente e mentalmente.

Marcamos uma reunião virtual para às 9:00 horas, precisávamos de avaliar a situação.

O centro de Cairo estava todo militarizado, dezenas de blindados estacionados em todas esquinas.

Do mesmo estilo dos caveirões que sobem nas comunidades do Rio de Janeiro.

Éramos “personas non gratas” no Egito, isso estava claro.

Na reunião agendada tivemos mais noção do que se passava, muitos foram deportados e alguns seguiam desaparecidos. A polícia começou a procurar nos hotéis os participantes da marcha.

Os hotéis eram obrigados a informar as autoridades qualquer desconfiança, pelos passaportes apreendidos já se tinha uma lista dessas pessoas.

Os dias seguintes foram de caça aos ativistas, ainda cogitamos fazer alguma manifestação de apoio aos palestinos no Cairo, mas foi rapidamente tirado de pauta. Neste momento era crucial a busca pelos desaparecidos e notícias dos deportados, qualquer outra ação seria colocar todos esses companheiros em risco. Fomos então, definitivamente desmobilizados, a ordem era deixar o Cairo.

O sonho chegou ao fim?

De forma alguma! A luta segue por uma palestina livre, do rio ao mar.

Seguimos firmes ao redor do mundo, nos dias que seguiram tomamos noção das coisas, a marcha, o comboio e a flotilha serviram de pólvora para aumentar a mobilização.

Eles tentaram nos calar, mas ao invés disso fez nosso grito ecoar ainda mais forte.

As manifestações ganharam corpo e seguem aumentando. O mundo se conectou, ações globais tomam forma e se espalham. Novas flotilhas se preparam, mais gente se une a causa palestina.

E depois disso tudo, conto com você que chegou até aqui, nesta longa narrativa.

“Nessa jornada eu só queria expressar toda minha solidariedade ao povo palestino, esse povo corajoso que luta contra esse colonialismo genocida. Falo com você, outro indignado, existe milhões de outros indignados, quem sabe bilhões?

Você não esta sozinho! Busque influenciar pessoas ao seu lado, as pessoas se encorajam quando percebem que quem esta perto deu um passo à frente e podemos sim fazer a diferença.

Esse pesadelo vai acabar, e quando acabar você terá a consciência tranquila de que estava do lado certo!

A história esta aí para entendermos os erros do passado e para que em hipótese nenhuma seja repetida. Te convido para se juntar a essa causa, minha mão segue estendida para você. Vamos caminhar juntos por um mundo melhor e solidário. Fico com uma música do saudoso Chico Science aqui no meu ouvido repetindo: Um passo à frente e você já não esta mais no mesmo lugar.

A jornada de João Aguiar é um lembrete potente de que a luta por direitos humanos e a solidariedade não conhecem fronteiras. Sua experiência no Egito, enfrentando bloqueios, ameaças e a violência de milícias, é um testemunho da resiliência de um homem que, impulsionado pelo amor ao próximo e pela busca por justiça, não recuou diante das adversidades.

Ao final de seu relato, ele nos convida a romper com a inércia: -“Você não está sozinho, busque influenciar pessoas ao seu lado, as pessoas se encorajam quando percebem que quem está perto deu um passo à frente. Podemos sim fazer a diferença.”

A Marcha por Gaza pode ter sido desmobilizada, mas o grito de João Aguiar e de tantos outros ecoou ainda mais forte, fomentando uma onda global de comprometimento e esperança. A história está sendo escrita, e a coragem de um “cidadão comum” como João nos mostra que estar do “lado certo” da história é uma escolha ativa, e um convite irrecusável à luta.

Relato de João Aguiar editado por Natália Araújo assessora de imprensa do Núcleo Palestina PT/SP

8 Comentários

  1. Teresinha

    Uau
    Que relato!

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    • mc zaroi da zona leste

      É espantosa a narrativa, todo o relato gira rm torno do umbigo de quem escreveu. Parece que a “luta” é convertida em uma experiência pessoal, o êxtase e a excitação de alguém que do alto de todos os seus privilégios queria ter uma vez na vida a experiência antropológica de levar um baculejo. Típico do branco de classe média.
      Coitado do motorista que em troca de umas piastras teve que se colocar numa situação de risco para os playbizonhos terem foto para postar nos stories.
      Por certo, relato enorme mas faltou explicar o principal: por que os egípcios agiram assim? Muito se falou em genocidio, mas a unica menção a israel no texto é o ataque ao Irã, não ao impedimento de progresso da marcha.

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      • Teresinha Pinto

        Passeie pelo nosso site e leia todos os artigos assim estra bem mais informado abraço

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  2. Raquel

    Que bom ler todo relato, Joao. Obrigada por marchar por nós!

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    • Joao

      Se tem hate é pq tá bom. Obrigado por acompanhar até o final, companheiro.

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  3. Susana Inês Basualdo

    Relato emocionante e mobilizador, mostrando coragem na luta pela justiça: Palestina livre!

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  4. Dandan

    História impressionante e muito inspiradora! Q privilégio estarmos do mesmo lado da trincheira!

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  5. Antônio Sergio Cangiano

    João, a solidariedade como você descreve, sem fronteiras nos move para um mundo melhor. Parabéns pela luta! A Luta continua!

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