Na noite desta terça-feira, 24, a Flotilla sofreu um ataque por drones em águas internacionais, perto da ilha de Creta, na Grécia. Vários barcos foram atingidos por dispositivos explosivos que danificaram ou destruíram partes de suas embarcações.
Testemunhas relataram ter visto mais de uma dúzia de drones voando baixo sobre a flotilha. Por volta das 23h, a organizadora Yasemin Acar ouviu uma forte explosão e afirmou em vídeo que houve uma “interferência nas comunicações” que estava bloqueando os sinais de rádio.
O veterano do exército Greg Stoker, a bordo do veleiro Ohwayla, relatou que um “dispositivo químico” caiu de um drone em seu barco, e seu rádio foi “sequestrado”, tocando músicas da banda ABBA. Uma nítida provocação à ativista Greta Thunberg.
Nos 30 minutos seguintes, mais de uma dúzia de explosões foram ouvidas perto da flotilha. As explosões causaram danos aos barcos, e uma pessoa sofreu queimaduras leves. Alguns drone dispensavam um líquido mal cheiroso que queimava em contato com a pele. Até o momento, não há relatos de ferimentos graves. Os participantes permanecem em alerta máximo, prontos para qualquer eventualidade.
Em comunicado, João Aguiar, mebro do Núcleo Palestina PT e coordenador da delegação brasileira da Flotilha Global Sumud declarou que a flotilha está “enfrentando uma escalada perigosamente alarmante” nos dias finais antes de chegar a Gaza. Ele ressaltou que os ataques estão causando “danos e uma obstrução generalizada nas comunicações”, o que se soma a uma campanha contínua de “intimidação e desinformação por parte de Israel”.
A flotilha é composta por mais de 500 civis desarmados que buscam formar um corredor humanitário para entregar alimentos e suprimentos médicos a Gaza e ajudar a pôr fim ao bloqueio ilegal de Israel, que se nega a fornecer tas suprimentos para a população civil palestina.
Além disso, o Ministério do exterior de Israel publicou em sua rede social “X”:
“A flotilha do Hamas recusa a proposta de Israel de descarregar ajuda pacificamente na Marina de Ashkelon, nas proximidades. Em vez disso, escolhe o caminho ilegal — navegar para uma zona de combate e violar o bloqueio naval legal.
Isso prova seu verdadeiro objetivo: servir ao Hamas em vez de entregar ajuda aos civis de Gaza.
Ajuda humanitária — sim.
Apoio ao Hamas — não.”
( https://x.com/IsraelMFA/status/1970582829403910563 )
Ou seja, eles exigem que a ajuda humanitária seja entregue a Israel, que não distribui, e quando faz, usa de alvo para assassinar palestinos famintos como uma armadilha.
Sendo assim, a Itália enviou um navio de guerra para ajudar a Flotilla Sumud. A ação ocorreu após o grupo de ativistas a bordo alegar ter sido atacado por um drone com “sinalizadores explosivos”.
O ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, condenou veementemente o incidente, que ele classificou como de “perpetradores ainda não identificados”. A fragata multipropósito Fasan da Marinha italiana, que já navegava perto do local, foi imediatamente desviada para a flotilha para “possíveis operações de resgate”. O principal objetivo da missão é prestar auxílio aos cidadãos italianos que estão a bordo, explicou a autoridade.
“Se necessário, nossa fragata possui uma enfermaria bem equipada”, disse a fonte, destacando a prontidão da Marinha para oferecer assistência médica. O incidente eleva a tensão na região, chamando a atenção internacional para a segurança dos comboios humanitários que tentam romper o bloqueio naval de Gaza.
Acompanhem a Flotilla pelo Instagram @globalsumudflotilla e www.globalsumudflotilla.com no “tracker”, a nossa ação para romper redes socias e imprensa é a única arma e segurança desses 500 ativistas.
Continuaremos monitorando a situação de perto e enviaremos novas atualizações assim que estiverem disponíveis.
Núcleo Palestina PT
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